Bolsonaro preso em casa: entenda motivos 🚨

Foi por volta das 18h desta segunda-feira (4) que o ministro do Supremo Tribunal Federal determinou a prisão domiciliar do ex-presidente. Além disso, Jair Bolsonaro deve ter os celulares confiscados. O uso da tornozeleira eletrônica, imposto em 18 de julho, está mantido.

O que levou a prisão de Bolsonaro?

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro teria violado a determinação judicial que o proibia de utilizar as redes sociais, inclusive por meio de terceiros.

Mas o que levou, de fato, ao pedido do ministro aconteceu há alguns quilômetros do Espírito Santo. A motivação do ministro é justificada pelo discurso feito por Bolsonaro na manifestação da Avenida Paulista, em São Paulo.

Ex-presidente participou de manifestação

Bolsonaro não esteve presente na manifestação. A fala foi intermediada por telefone, pelo senador e filho Flávio Bolsonaro. O parlamentar ligou para o pai, que falou com os apoiadores. Em seguida, compartilhou o vídeo nas redes sociais. E este foi o motivo.

Jair Bolsonaro havia sido proibido de se manifestar nas redes sociais. E essa não é a primeira vez que o compartilhamento de falas do ex-presidente vira tema em decisões de Alexandre de Moraes.

Retrospecto…

Uma semana após impor as medidas cautelares, o ministro do STF pediu explicações aos advogados de defesa de Bolsonaro devido ao compartilhamento de entrevistas.

Na ocasião, após a defesa questionar sobre a falta de clareza na determinação que proibiu o uso de redes sociais, o ministro considerou se tratar de uma “irregularidade isolada” e descartou a prisão.

E agora…?

Na decisão de hoje, o ministro justificou a prisão pelo reiterado descumprimento das medidas cautelares. Na prisão domiciliar, Bolsonaro não poderá receber visitas, a não ser de advogados e familiares.

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“A Justiça é cega, mas não é tola”

Para justificar a decisão, o magistrado afirmou que “a Justiça é cega, mas não é tola” e relatou que o ex-mandatário violou medidas cautelares impostas a ele pelo STF.

O ex-presidente é investigado em inquéritos que apuram possíveis tentativas de interferência nas instituições democráticas e disseminação de informações falsas.